janeiro 26, 2006

Comentários

Este espaço é para vocês deixarem seus comentários a respeito do Sto Estevam.
Eu, por enquanto, ainda não assimilei bem os últimos acontecimentos.

De qualquer forma, um grande beijo em todos vocês!


Sejam muito felizes!!!

outubro 23, 2005

Sábado Cultural



Algumas fotos do Sábado Cultural estão disponíveis em:

http://sto.fotos.net.br/sabado

Abração a todos!

setembro 30, 2005

Gravidez na adolescência

O tema da aula de 27/9 foi gravidez na adolescência.

O vídeo que vimos na aula pode ser acessado no link

http://videolog.click21.com.br/videolog/vdl_index.php?user=arquivo_conexaoxxi&id=266508

Agora é preciso que cada grupo envie seu texto sobre o tema:


Gravidez na adolescência: ato de coragem ou irresponsabilidade?


Enviem seus textos para o blog http://sa-blogs.zip.net/

setembro 26, 2005

Violência entre jovens

Sobre o tema violência entre jovens, há um texto muito interessante:


A forma escolar da tortura

Rubem Alves

Eu fui vítima dele. Por causa dele, odiei a escola. Nas minhas caminhadas passadas, eu o via diariamente. Naquela adolescente gorda de rosto inexpressivo que caminhava olhando para o chão. E naquela outra, magricela, sem seios, desengonçada, que ia sozinha para a escola. Havia grupos de meninos e meninas que iam alegremente, tagarelando, se exibindo, pelo mesmo caminho. Mas eles não convidavam nem a gorda nem a magricela. "Bullying" é o nome dele. Dediquei-me a escrever sobre os sofrimentos a que crianças e adolescentes são submetidos em virtude dos absurdos das práticas escolares, mas nunca pensei sobre as dores que alunos infligem a colegas seus. Talvez eu preferisse ficar na ilusão de que todos os jovens são vítimas. Não são. Crianças e adolescentes podem ser cruéis."Bullying."

Fica o nome em inglês porque não se encontrou palavra em nossa língua que seja capaz de dizer o que "bullying" diz. "Bully" é o valentão: um menino que, por sua força e sua alma deformada pelo sadismo, tem prazer em bater nos mais fracos e intimidá-los.

Vez por outra, crianças e adolescentes têm desentendimentos e brigam. São brigas que têm uma razão. São acidentes. Acontecem e pronto. Não é possível fazer uma sociologia dessas brigas. Depois delas, os briguentos podem fazer as pazes e se tornar amigos de novo. Isso nada tem a ver com "bullying". No "bullying", um indivíduo -o valentão- ou um grupo escolhe a vítima que vai ser seu "saco de pancadas". A razão? Nenhuma. Sadismo. Eles "não vão com a cara" da vítima. É preciso que a vítima seja fraca, que não saiba se defender. Se ela fosse forte e soubesse se defender, a brincadeira não teria graça.

A vítima é uma peteca: todos batem nela e ela vai de um lado para outro sem reagir. Pode-se fazer uma sociologia do "bullying" porque ele envolve muitas pessoas e tem continuidade no tempo. A cada novo dia, ao se preparar para a escola, a vítima sabe o que a aguarda.

Até agora, tenho usado o artigo masculino, mas o "bullying" não é monopólio dos meninos. As meninas também usam outros tipos de força que não a dos punhos. E o terrível é que a vítima sabe que não há jeito de fugir. Ela não conta aos pais, por vergonha e medo. Não conta aos professores porque sabe que isso só poderá tornar ainda pior a violência dos colegas. Ela está condenada à solidão. E ao medo acrescenta-se o ódio. A vítima sonha com vingança. Deseja que seus algozes morram. Vez por outra, ela toma providências para ver seu sonho realizado. As armas podem torná-la forte. Na maioria dos casos, o "bullying" não se manifesta por meio de agressão física, mas por meio de agressão verbal e de atitudes. Isolamento, caçoada, apelidos.

Aprendemos com os animais. Um ratinho preso numa gaiola absorve a informação rapidamente. Uma alavanca lhe dá comida. Outra alavanca produz choques. Depois de dois choques, o ratinho não mais tocará a alavanca que produz choques. Mas tocará a alavanca da comida sempre que tiver fome. As experiências de dor produzem afastamento. O ratinho continuará a não tocar a alavanca que produz choque ainda que os psicólogos que fazem o experimento tenham desligado o choque e tenham ligado a alavanca à comida.

Experiências de dor bloqueiam o desejo de explorar. O fato é que o mundo do ratinho ficou ordenado. Ele sabe o que fazer. Imaginem, agora, que uns psicólogos sádicos resolvam submeter o ratinho a uma experiência de horror: ele levará choques em lugares e momentos imprevistos ainda que não toque em nada. O ratinho está perdido. Ele não tem formas de organizar o seu mundo. Não há nada que ele possa fazer. Seus desejos, imagino, seriam dois. Primeiro: destruir a gaiola, se pudesse, e fugir. Isso não sendo possível, ele optaria pelo suicídio.

Edimar era um jovem tímido de 18 anos que vivia na cidade de Taiúva, no Estado de São Paulo. Seus colegas fizeram-no motivo de chacota porque ele era muito gordo. Puseram-lhe os apelidos de "gordo", "mongolóide", "elefante cor-de-rosa" e "vinagrão", por tomar vinagre de maçã todos os dias, no seu esforço para emagrecer. No dia 27 de janeiro de 2003, ele entrou na escola armado e atirou contra seis alunos, uma professora e o zelador, matando-se a seguir.

Luis Antônio era um garoto de 11 anos. Mudando-se de Natal para Recife por causa do seu sotaque, passou a ser objeto da violência de colegas. Batiam nele, empurravam-no, davam-lhe murros e chutes. Na manhã do dia fatídico, antes do início das aulas, apanhou de alguns meninos que o ameaçaram com a "hora da saída". Por volta das 10h30, saiu correndo da escola e nunca mais foi visto. Um corpo com características semelhantes ao dele, em estado de putrefação, foi conduzido ao IML (Instituto Médico Legal) para perícia.

Achei que seria próprio falar sobre o "bullying" na seqüência do meu artigo sobre o tato que se iniciou com: "O tato é o sentido que marca, no corpo, a divisa entre os deuses Eros, do amor, e Tânatos, da morte. É por meio do tato que o amor se realiza. É no lugar do tato que a tortura acontece". O "bullying" é a forma escolar da tortura.

agosto 17, 2005

Uma flor, uma gérbera
















Uma flor brotou na sala de aula,
Foi trazida pelas mãos de duas outras flores.
Pétalas belas, brilhantes, inesquecíveis,
Cheias de vida e cores
Que com aquele delicado gesto

Iluminaram o dia da professora.